A Câmara Municipal de Belém realizou, nesta sexta-feira 25, sessão especial para debater o problema da dengue no município, solicitada pelo vereador Antônio Vinagre (PTB). Marambaia, Pedreira e Tapanã são os bairros mais atingidos pela doença que, na forma clássica, é benigna, mas pode evoluir, segundo a diretora de Departamento de Vigilância em Saúde, Carlene Castro, para a letal dengue hemorrágica.
Carlene alertou para a constatação, conforme estudos feitos em Cuba com 25 mil pacientes, de que 71% dos casos de dengue são assintomáticos e podem ser confundidos com viroses comuns. Ela insistiu na recomendação dos cuidados a serem tomados por pessoas com dengue: tomar muito líquido, procurar atendimento médico e nunca se automedicar. Pacientes com dengue clássica podem voltar para casa e observar esses cuidados, além de repouso. Caso a doença evolua, deverão ser hospitalizados.
Otávio Pinheiro (PT) se disse preocupado com os bairros expostos a maiores alagamentos, como os que fazem parte da área de influencia da bacia do Uma. "Pelo que fomos informados ultimamente, o mosquito não se desenvolve apenas em água limpa. Ele também se cria em águia suja. Aí vai ser uma festa", comentou.
A previsibilidade da dengue torna incompreensível sua proliferação, segundo Fernando Dourado (DEM). "É uma doença que podemos antecipar e tomar os devidos cuidados". Para ele, a vida do mosquito transmissor é facilitada a partir da briga que separa os setores de saúde dos âmbitos federal, estadual e municipal. Também observou que não se combate a dengue apenas convocando os profissionais de saúde. "Como pode não ter criadouro de mosquito se a Prefeitura não cuida nem das praças?", indagou. Dourado salientou que na próxima terça-feira, às 15h, será realizada sessão especial na Câmara de Belém, para discutir o problema do financiamento da saúde pública.
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